A mandala é um símbolo pessoal que revela quem somos num determinado momento de nossas vidas; pode revelar conflitos e servir como um espaço para a descarga de tensões à medida que projetamos esses conflitos para fora de nós mesmos. Acredita-se que as mandalas tenham, portanto, efeitos terapêuticos, de cura, autodescoberta e evolução pessoal, pois representam, segundo Jung, citado por Fincher, "[.,.] tentativas muito audaciosas de ver e juntar opostos aparentemente irreconciliáveis e de superai' rupturas aparentemente irremediáveis. Mesmo uma tentativa nesse sentido costuma produzir efeito benéfico.” (O autoconhecimento atraves das mandalas, São Paulo: Pensamento, 1991, p.39)
A poesia‘’é uma alma inaugurando uma forma”[1],
A mandala é fonte de equilíbrio interior. A poesia é síntese da alma.
Baseando-se nesses dois elementos, a oficina foi desenvolvida para estimular a produção poética através da produção de uma mandala individual e depois coletiva. A escrita poética resultou desses dois momentos criativos e libertadores.
[1] JOUVE,Pierre-Jean. Em miroir, ed. Mercure de France, p.11 apud BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. São Paulo: Fontes, p.6.